O estádios estarão prontos e alguns retomarão a sua rotina: Maracanã, Mineirão, Castelão, Fonte Nova, entre os estatais e o Beira-Rio e a Arena da Baixada, entre os privados. O do Recife e do Itaquerão iniciarão a sua campanha, após os eventuais testes pré-Copa. Os estadios de Brasilia, Manaus e Cuiabá terão que mostrar a que vieram, sem ter qualquer time dentro da série principal do Brasileirão. Natal ainda poderá contar com o ABC e o América, se forem bem nesses dois próximos anos.
Esse será o principal legado esportivo, com modernos estádios parcialmente desocupados, durante o segundo semestre de 2014, podendo receber públicos maiores se o Brasileirão de 2014 repetir o de 2011, com grande equilibrio. O “Itaquerão” e o Maracanã poderão elevar a média, dependendo da política de preços dos ingressos.
Mas será cedo para caracterizar uma eventual “manada de elefantes brancos”.
Brasília não tem potencial futebolístico mas tem uma população com poder aquisitivo e interesse em sediar grandes shows internacionais. O Estádio Nacional de Brasilia (Mané Garrincha) será uma arena voltada para shows onde, eventualmente, se jogará futebol.
Será um processo natural que Brasilia, assim como outras cidades, atraiam clubes de São Paulo e do Rio de Janeiro para mandarem algum dos seus jogos nos seus modernos estádios, com possibilidade de casa cheia. Brasília pela sua posição logística tem grande possibilidade para tal.
Manaus também não tem potencial futebolistico e será mais dificil atrair os clubes, em função das distâncias, mas conta com o interesse de artistas internacionais em passar pela Amazônia, aproveitando para realizar um dos seus shows. Mas não serão muitos.
Cuiabá é o principal candidato a “mico da Copa 2014″. Não tem potencial futebolístico, apesar do Pantanal. Esse não tem o mesmo poder de atração da Amazônia.
Mas por ser o principal centro urbano do moderno agronegócio conta com uma população de renda alta. Ainda que relativamente pequena suficiente para lotar a arena durante todo o ano, desde que tenha eventos atraentes. Poderá ser o principal centro de eventos da música sertaneja.
Por outro lado, o futebol se transformou num grande negócio, que requer altos investimentos. Mas siginifica que com recursos pode-se montar um time competitivo para em quatro anos chegar à série A do Brasileirão. Dependerá de empresários ousados e competentes. Não basta ter os recursos. Há experiência fracassadas nessa tentativa empresarial. Alguns conseguiram, mas não se sustentaram.
O ponto crítico está na profissionalização dos gestores. Esses precisam ter a possibilidade de ganhar tanto ou mais que os jogadores e o técnico. Não de forma fixa, mas por resultados. O que deveria prevalecer para todo o time.
O Mato Grosso tem a possibilidade de experimentar um novo modelo. Se o fizer poderá dar uma boa ocupação ao novo estádio.
Se não conseguir terá que conviver com um “elefante verde” tão ou mais ocioso e custoso que o branco.
*As opiniões do blog são de inteira responsabilidade do autor (Jorge Hori) e não necessariamente refletem a opinião do Portal 2014.
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